É importante falar sobre pré-eclâmpsia porque ela é uma das maiores causas de mortalidade materna e perinatal no Brasil. Além das altas taxas de mortalidade, pode causar limitações importantes à mãe e graves consequências ao feto e ao recém-nascido.
É uma doença hipertensiva da gestação que tem aumento de pressão identificada após 20 semanas de gestação ( PA>140x90mmHg) e associada a alterações maternas ( perda de proteína na urina dentre outras) e fetais (CIUR e alterações de Doppler).
Não existe uma causa definida para pré-eclâmpsia.Algumas teorias falam em alterações imunológicas que causariam uma má adaptação da placenta e todas as alterações da doença surgiriam em função dessa alteração placentária.
📍O que a gestante pode sentir?
Aumento de pressão;
Inchaço importante e súbito (principalmente na face e mãos);
Dor de cabeça que não cede com uso de analgésicos comuns;
Dor de estômago;
Alterações visuais ( pontinhos brilhantes na vista);
📍Quem tem mais risco de apresentar o problema?
Diabéticas;
Hipertensas;
Gestação gemelar;
História pessoal ou familiar de pré-eclâmpsia;
Novo parceiro;
Gestação através de técnicas de reprodução assistida (FIV);
Ganho excessivo de peso.
É uma doença com possibilidade de rastreamento. A partir desse rastreamento podemos selecionar as pacientes que tem maiores chances de desenvolver a doença, encaminhar a obstetra que cuide de gravidez de risco e iniciar a medicação preventiva ( AAS e cálcio) e assim impedir que a mulher desenvolva a doença ou suas formas mais graves.
Dra. Júlia Alencar Pacheco da Costa Santana.
Ginecologista e Obstetra com foco em atendimentos de Alto Risco e Medicina Fetal.
CRM 15418-DF RQE9942
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